domingo, 4 de maio de 2014

Oca...

Coração vazio...
De novo.
Releio as palavras escritas para você e agora não passam de palavras ocas... a boniteza foi embora.
Sempre vai...
E o que resta é um coração oco. E um orgulho ferido.
Pensamentos ruins zombam de mim... Gargalham com a minha solidão: "vai ser sempre assim!"
Seca! Oca! ...sempre assim...

(Este texto foi escrito no dia 30/03/2014. Mas poderia ter sido escrito em 2010. 2007. 2006. 2005. 20...)

***

ocoraçãocoecoaçãocasecasocosecorpo

(02/05/2014)

***
palavra oca soca o oco seco coração

(02/05/2014)

***
palavra oca espezinha o seco coração, seco corpo, só não é seco o olho
espinho fincado ardido no árido corpo

espinho  
                  finca estaca estilhaça
espezinha

secura racha o lábio da boca oca seca

lábio árido, espinho ardido

(02/05/2014)

***

Eu não tenho paz... meu corpo é feito de angústias, meu peito pulsa pessimismos, meus sonhos são tormentos... os olhos úmidos são únicos no meio da secura da frustração... Minha boca gargalha uma vida sem graça! Meu coração cada dia desfolha-se mais... e vou juntando os retalhos, os estilhaços de esperança que enfincam na pele... incomodam... Eu não tenho paz... e como poderia, se há tanta falta? Falta, ausência, buraco, vazio... Ideias fixas me perturbam... toda noite martelam pensamentos na cabeça, pensamentos ruins, ânsias, medos, desilusões, saudades... Lembranças que não se deixam esquecer estacam-se na alma... rasgam a doçura... sobra o amargor... Introverto-me ainda mais... as vozes na minha cabeça gritam, mas ninguém escuta... Sufoco Raquéis... Silencio as dores... Tantas dores beliscam o peito... cutucam, alfinetam, espezinham o peito... Sou feita de espinhos! Agonias sussurram nos meus ouvidos... escárnio, zombaria... ejaculam risadas de humilhação... Desamores fizeram, do meu coração carcomido, morada! Os ossos já foram corroídos pela culpa... tanta culpa... tanta culpa... existir é pecado? Peço licença. Sentença: culpada! Depois do gozo, o choro! Vergonha! Envergo... sucumbo. Escombro, carcaça, restos... de lucidez, de esperança... Silêncio! Anseio pelo silêncio, mas as vozes berram... não há paz!

(04/05/2014)

***

Parei no tempo, mas o tempo não parou...
(04/05/2014)

***

A gente dá mais importância pros cabelos do que pros corações...
(04/05/2014)




sexta-feira, 27 de setembro de 2013

É tanta falta que falta espaço no peito pra doer!

***

Se me é negado o amor

Se me é negado o amor, por que, então, amanhece;
por que sussurra o vento do sul entre as folhas recém nascidas?
Se me é negado o amor, por que, então,
A noite entristece com nostálgico silêncio as estrelas?
E por que este desatinado coração continua,
Esperançado e louco, olhando o mar infinito?

(Rabindranath Tagore)
***
Coração desatinado. Acho que é a melhor definição que posso dar para o meu. É, ele continua esperançado e louco olhando o mar infinito, no alto do rochedo. Mas desatinado que é, logo irá se arremessar do alto, e se deixar afogar no mar.
***
Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que que o amor não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar...

(Ana e o mar - O Teatro Mágico)

***

Você me bagunça
O Teatro Mágico

Você me bagunça e tumultua tudo em mim
Essa moça ousa, é musa e abusa de todo meu sim
Você me bagunça e tumultua tudo em mim
E ainda joga baixo, eu acho, nem sei,
Só sei que foi assim
Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços"
Lapida-me a pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços
Me desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você
Me desassossega, rega a alma, roga a calma em minha travessia
Outro "porquê"
Parece que o coração carece e diz: "para!" Silencia.
Se embrulha e se embaralha,
Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala
Nos amorizar o dia, a pia, o corredor, a calçada, o passeio e a sala
Se perder sem se podar e se importar comigo
Aprender você sem te prender comigo
Difícil precisar quanto preciso
Difícil precisar quanto preciso
***
Quem me dera conseguir escrever algo tão bonito quanto a letra acima... Só me resta suspirar... Coração silencia, se embrulha e se embaralha... Mas logo vai se afogar no mar infinito... tão desatinado... 

domingo, 28 de julho de 2013

Junho... julho... baboseiras, desabafos, despedidas...

Que desastre nós somos, não?
(22/06/2013)

***

Está tudo tão "sei lá"... Será que estou voltando à fase "flor de plástico"? Um amigo meu costuma se referir dessa forma pra definir qdo tudo está sem graça... Nem bom nem ruim. Está faltando lirismo na minha vida. E mais: está faltando alguém para me acompanhar nessa busca por mais lirismo...

***

Eu, flor de plástico

Flor plástica
Rosa entediada
Desabrocha estática
Flor resignada

Inodora
Insípida

Flor anulada
Rosa artificial
Brota desbotada
Flor superficial

Sem graça
Mofada
Morta

(Raquel Zichelle - 27/06/2013)

***

Oi. - Como assim você não bebe? - Recalque bate e volta. - Você deveria experimentar! - Vem! - Fascista! - Quem se abstém? - Tudo bem? - Fala! - Sai! - Novidades? - Tsc... tsc... tsc... - Você não fala? - Bla, bla, bla. - HAHAHA. - Mimimi. - Quanto tempo! - A gente marca! - Oieeee! - Tchau. - Nem vou... - Você sumiu! - Vem pra rua! - Experimenta! - Me beija! - Golpe! - Saudades! - Desisto! - TCC! - Você não sabe ser feliz! - Poser! - Vamos ocupar! - Sexo! - Estrelas! - =/ - Tem que matar esses filhos da puta! - Deus! - BBB! - É esse o país que vai sediar a Copa? - ^^ - Que lixo! - Corta pra mim! - Cura gay! - Você tem que fazer algum exercício! - Trote é saudável, desde que não violento! - Ele está interessado nela! - blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla

Não adianta mudar de canal, trocar de amigos, sair das redes sociais, é sempre o mesmo blablabla em qualquer lugar!!! Eu falo o mesmo blablabla! Daí que eu sou uma blablafóbica cansada de mim e dos outros e não tem saída!

***

Sinto que meu peito vai explodir a qualquer momento... Pensei que ter me apaixonado por você fosse a melhor coisa que tivesse me acontecido nos últimos tempos... mas estava enganada... Na verdade, eu me apaixonei por uma fantasia... pra variar... Eu pensei que, dessa vez, seria diferente... Eu sempre me apaixonei por fantasias, ilusões, ideais... Eu me apaixono por personagens de livros, filmes... Eu me apaixono pela ideia que eu faço das pessoas, pela história que eu crio na minha cabeça, pelo sorriso que eu finjo que é pra mim. Dessa vez, pensei que tudo isso seria diferente. Que, finalmente, o sorriso era pra mim...


***

Começo a achar que eu sou uma personagem de Beckett... Esperando... não Godot... mas isso não importa...

***

Eu sou uma peça de um tabuleiro de xadrez. Eu não posso me mexer, pois o único movimento possível te dará de presente o xeque-mate! Então, eu espero... Espero que você desista e abandone o jogo antes que eu o faça...

***

Eu não posso te culpar. Você pode não ser tão fechado quanto eu, mas é bem difícil de penetrar os seus mistérios. Mas eu não posso te culpar, já que sempre me mantive emparedada pelo meu orgulho, numa falsa tentativa de proteção. Eu também dificultei as coisas... eu fui ingênua, na verdade. Eu pensei que você perceberia que quando eu respondia com sinceridade que não estava bem, isso mostraria que eu tinha abaixado a guarda e você poderia se aproximar sem perigo. Mas eu não tinha abaixado a guarda porcaria nenhuma. E você também não facilitou: manteve todo o tempo as armas apontadas para o meu muro. É... o que poderíamos esperar de dois inseguros tentando se proteger a qualquer custo? Então, é isso. Cada um no seu território, sozinho.
***

Ouvindo Wonderwall, do Oasis, e ainda pensando em você...
"And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would like to say to you
But I don't know how

Because maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall"

***

Prometi que estes serão os últimos textos que escreverei pensando em você! Preciso deixar você partir. Não aguento mais. Essa é a minha despedida. Obrigada por ter me inspirado por um ano e meio, nunca escrevi tantos textos pensando numa mesma pessoa. Mas já deu. Preciso de uma nova inspiração. Preciso de reciprocidade. Adeus!

sábado, 4 de maio de 2013

Eu estou aqui? Pergunto-me olhando o espelho.
Este rosto nada me diz. Nada!
Meus olhos são cavernas que me escondem bem lá no fundo, em algum lugar na escuridão.
Eu estou lá!
Eu escuto as asas dos morcegos batendo como o furacão que arranca as folhas e as destroçam no chão!
Sinto frio!
Repugnância! O gosto amargo da solidão saliva por entre os dentes!
Escarro!
O amargor permanece! A alma suja, vil, não pode ser expurgada!
Os olhos morcegam por toda parte - inquisidores!
O espelho ainda está lá! Zombeteiro! Ejacula o seu escárnio!
Fracasso! O grito estronda e morre!
O silêncio serpenteia meu corpo!
Emparedada, sufoco!
Afogo! Afônica! Atônita!
Eu estou lá em algum lugar da caverna escura...

(Raquel Zichelle - 03/05/2013)

A culpa chicoteia o corpo!
As marcas envergonham!
A culpa chupa o seio ferido!
Carne viva!
Sangue-ferrugem-saliva!
A culpa insemina a vergonha!
A culpa penetra a pele!
A culpa goza o assombro!
A culpa cospe o temor sobre o corpo condenado!
A culpa esquarteja o corpo!
A culpa incendeia o corpo-resto! O corpo-morto! O corpo-pó!
Pó!
A culpa esfarela a sobra!
Assopra!
Nada!

(Raquel Zichelle - 03/05/2013)

O sorriso outrora rasgado jaz pregado na face.

(Raquel Zichelle - 03/05/2013)


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Seus olhos e outros pateticismos...

A negritude dos seus olhos reflete a tempestade que arrebata a sua alma. Toda a intensidade de sua inquietação se espelha nos seus olhos. Dois lagos escuros revoltos... Seu olhar impetuoso penetra a minha pele, enrubesce a minha face, preenche o meu sorriso acanhado... Seus olhos são como buracos negros que me sugam pra dentro deles... Eu tenho medo. Mas a verdade é que eu adoro a desmedida sôfrega dos olhos que me tragam. Seus olhos devoram meu rubor sem você nem ao menos saber (ou querer)...

***

Minhas mãos faziam a latinha de refrigerante dançar na mesa. Silêncio inquieto. Eu quase fui embora. Os cochichos não me pertenciam e eu nada podia fazer. Mas eu fiquei. Eu queria ouvir. Eu queria saber. Os olhos fixos na latinha. Quanto mais eu tentava juntar os cacos dos sons, menos eu me via pertencendo ali. Mas não podia ir embora, não dessa vez. Naquelas palavras, estava escondido algo que eu precisava saber. A dúvida torturante poderia ir embora ali. Mas não foi. Alguns cacos não viraram lágrimas por muito pouco. Mas outros me fizeram sorrir. E eu fiquei sem saber. De novo. Estou estagnada, há muito tempo, numa situação desagradável, mas cômoda. Eu não tenho para onde ir... Ou melhor, eu tenho medo de sair daqui...

***

Outro dia, outra latinha... Novos cochichos... A mesma dúvida!

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Eu não vou assumir que gosto de você, eu tive a chance, mas me calei. Fingi não me importar, fingi ser apenas uma amiga... Agora parece que já é tarde... Essa situação não vai mudar... Eu vou continuar delirando com cada palavra que você disser pra mim, tentando entender o que significa, até a dúvida me corroer por inteira. Até eu enlouquecer... Não falta muito. Aí, logo você vai estar com outra e eu vou me sentir uma imbecil. De novo.

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Com o coração estilhaçado. É, eu queria ser feita de aço e não de vidro (como diz uma música do Capital...)

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A tristeza sufocou tanto o peito que até me faltou o ar, pensei que fosse desmaiar...

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Pensando seriamente em voltar para a minha fase auto-destrutiva de relacionamentos superficiais e sem graça...

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Como se não bastasse sentir tudo isso, ainda tenho que lidar com a rejeição de um amigo que sempre foi muito querido pra mim e resolveu me tirar da vida dele, assim, sem mais nem menos... Já faz quase um ano e eu ainda sofro com isso. Escrevi o texto abaixo pra ele (mas ele nem vai ler, o que me torna patética, mas ok...):

Eu pensava em você e um sorriso era inevitável. Agora, o sorriso se desfez, virou uma lembrança dolorida. Mas eu ainda penso em você frequentemente. Eu ainda penso no seu sorriso. Ainda lembro daquele dia que você me ligou às 7h, foi a melhor maneira que alguém já me acordou e você nem soube que fiquei o dia inteiro radiante por causa do seu "bom dia". Ainda lembro das nossas conversas no msn de madrugada e dos scraps diários no Orkut. Você sempre me chamava de "pequena", lembra? "Oi, pequena", "te adoro, pequena"... E eu gostava tanto disso... Gostava de te ver, mesmo quando tinha que te ver com outros. E eu gostei de você desde o primeiro dia que te vi. Você me encantou logo nos primeiros minutos. Você é uma pessoa apaixonante. Mas, agora, eu tenho que esquecer de tudo isso. Mas eu não quero te esquecer. Eu não sou mais apaixonada por você já faz anos, mas você era alguém que sempre me faria sorrir. Você era especial. Você era um amigo especial. E a distância não apagou isso. Mas você me apagou. Eu ainda não consigo aceitar isso! Esses dias, achei uma foto sua perdida na minha carteira, no meio de fotos de outros amigos... Tive coragem de tirar a foto da carteira, mas não consegui me desfazer dela. Foi pra gaveta de bagunças. E é lá que você merece ficar, no meio da bagunça, da minha bagunça! Eu não vou te esquecer. Mas espero pensar menos em você. Você será alguém que um dia me fez bem e só. Até lá, sigo pensando em você...


domingo, 10 de março de 2013

Delírios...

Ah, Werther, quem me dera ser sua Lotte...

"Que calor percorre todo o meu ser quando por acaso meu dedo toca no dela, ou nossos pés se encontram embaixo da mesa! Afasto-os como se tivesse tocado o fogo, e uma força secreta impulsiona-me de novo... uma vertigem arrebata todos os meus sentidos!... E dizer que sua alma cândida desconhece a tortura que me infligem essas pequenas intimidades! E quando, animados pela conversa, ela pousa sua mão sobre a minha, e quando, ao conversar, ela se aproxima tanto de mim que eu chego a experimentar seu hálito celestial junto dos meus lábios... então, parece que vou cair como que fulminado por um raio..."


"Sim, pela primeira vez senti, com absoluta certeza, este pensamento delicioso abrasar o mais profundo do meu ser: 'Ela me ama! Ela me ama!' Queima-me ainda os lábios o fogo sagrado que vinha em torrentes dos seus lábios; uma ardente delícia, jamais sentida, permanece ainda no meu coração. (...) Ah! Eu sabia que você me amava! Soube desde os primeiros olhares em que transparecia a sua alma, desde os primeiros apertos de mão; (...) nenhuma eternidade extinguirá a vida ardente que aspirei ontem dos seus lábios e que ainda sinto queimar em mim. Ela me ama! Estes braços a enlaçaram, estes lábios tremeram contra os seus, esta boca balbuciou encostada à sua boca! Você é minha, Lotte; para todo o sempre!" 

Trechos d'Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe.

***

O amor que eu quero não existe fora da literatura. Aqui é tudo tão morno. Eu estou morna.

***

Seu sorriso tinha algo de malicioso, algo de "eu sei que você gosta de mim", e parecia se divertir com a minha tentativa em negar! Seu sorriso também tinha um quê de reciprocidade! Por segundos, senti que o sorriso me dizia: "eu também gosto de você!". E eu também sorri! Mas a certeza se dissipou, e o que você não sabe é que seu sorriso, desde então, trancafiou-me num labirinto. Eu corro entre caminhos de dúvidas, idealizações e ilusões! Talvez seu sorriso significasse apenas: "tenha um bom dia". Eu não quero acreditar nisso, porque, desesperadamente, eu quero crer que o amor que eu sempre busquei existe sim fora das páginas dos livros... Mas as evidências que batem na minha cara mostram que estou enganada: "tola!", dizem zombando! No entanto, uma pontinha em mim ainda cutuca tentando ser ouvida: "não, dessa vez você não está enganada!". Aaaah, que tortura!!! Corrói, em mim, a dúvida...

***

Em meus delírios e sonhos, eu idealizei você, eu idealizei a mim mesma. Você-ideal e Eu-ideal é que ficam juntos na história. Você e Eu não. No meu imaginário, o seu sorriso é para e por mim! No meu ideário, é a minha mão que você toca. Mas fora dos devaneios, a minha mão tateia o vazio! Os meus lábios racham - secos - sem a umidade da sua boca! Nos meus sonhos, meus olhos desnudam os seus! Na minha fantasia, nós olhamos, mudos, as estrelas... e, no silêncio, nossas essências se entrelaçam! Mas fora dos delírios oníricos, o silêncio apenas nos constrange!

***

"Ah, querido amigo, o que é o coração humano?". Não saberia responder, Goethe, mas, no meu, habitam todas estas inquietações... e a culpa é sua!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O silêncio
ESPERNEIA!
Faz pir-ra-ça!
Aperreia... se desgraça!
O silêncio se
des...
ca...
be...
la, se
eStReBuChA, se
esGOEla, se
desembucha!!!

(Raquel Zichelle - 22/02/2013)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pavor, inação, tristeza, solidão, pateticismo... Essas são algumas palavras que vieram a minha mente para tentar definir como me sinto nestes últimos dias.
Eu banalizei o "tudo bem". Não, não tá tudo bem. Eu sei que já estive pior e tive fases longas de tristeza profunda e, por isso, tenho a sensação de que estou bem agora, que aquilo que me amedrontava no passado foi embora. Mas não foi. De alguma maneira, ainda me barra. E o tempo só está passando e eu continuo presa. E parece que quanto mais velha eu fico, menos vontade eu tenho de me soltar. 
Eu só quero ficar deitada, seja lendo, usando o notebook ou vendo tv, eu passo a maior parte do tempo deitada. Ok, tô de férias, dá uma preguiça mesmo, ainda mais com esse tempinho frio. Mas é algo maior do que a preguiça das férias. Está cômodo aqui na minha bolha. Eu leio livros com personagens incríveis, instigantes, vejo filmes e seriados com personagens e histórias apaixonantes e me perco nas ilusões. Os personagens estão vivendo o que eu gostaria de viver e eu me contento com isso. Contento-me em fechar os olhos e imaginar como seria se eu falasse o que sinto. Abro os olhos e pronto. Finito! 
Falei outro dia que gostaria de ter "20 segundos de coragem insana"... pois bem, não tô tendo coragem nenhuma, só covardia insana. Medo! Medo! Medo! Medo de eu sei lá o quê!
Quando eu era mais nova, eu queria mudar o mundo! Hoje, eu só quero não ter que enfrentá-lo! Ao menos, não sozinha!!! Sabiam que até pra ir em alguma consulta médica minha mãe ou irmã vão comigo? Eu não consigo me sentir confortável numa sala pequena com alguém estranho ou pouco conhecido. Esse é o motivo de eu não ter tirado a carta de motorista ainda (tá, falta de dinheiro é um problema sério tb, mas o medo de estar num carro com alguém desconhecido é maior). Pode parecer bobagem para alguns, mas se eu fico desconfortável com AMIGOS, por que não ficaria com desconhecidos? Não lembro se já contei de quando eu fazia Letras, eu cheguei mais cedo um dia na aula de francês, entrei na sala e fiquei sozinha estudando, aí o professor chegou e começou a puxar assunto comigo, em francês, lógico! Aí eu não conseguia responder direito (se em português eu já travo, em outra língua então...), eu fiquei nervosa, só falava uns "oui, oui" que mal saíam da boca, era como se eu não soubesse falar, e ele perguntando um monte de coisas. Como eu quase não respondia, ele perguntou, brincando, se eu não falava. Aí, percebendo que eu teria que falar algo mais concreto, resolvi responder em português mesmo, para não deixá-lo no vácuo, só que quem disse que a resposta saiu direito? Eu ia responder: "eu não sei responder em francês" (embora eu até soubesse) e saiu simplesmente: "eu não sei...". Pensa na cena: "você não fala?", "eu não sei...", ele caiu na risada, obviamente, e a conversa se encerrou. Eu mal consegui prestar atenção na aula nesse dia. Hoje, eu até dou risada lembrando disso, mas não significa que não me deixe um pouco triste. Eu sei que o professor brincou com a situação não com a intenção de me deixar pior, mas porque ele também ficou desconfortável. Eu pude ver como é isso. Saí outro dia com meu melhor amigo, e num ponto da conversa, ele quis me mostrar como eu falava com ele nas primeiras vezes que nos vimos: ele olhou pra minha testa e ficou falando! Eu tive um choque! Eu vi o quão estranho é você estar falando com alguém, olhando pra pessoa e ela olhando por cima dos seus olhos. A demonstração dele foi rápida, mas o suficiente pra me deixar incomodada! Eu estive do outro lado da história! E é por isso que eu fico triste. Porque eu sei que o meu medo não afeta só a mim. Eu sei que estou deixando a pessoa sem muita opção também... E, aí, a pessoa achando que vai quebrar o gelo e me ajudar, solta algo como: "nossa, como você fala, hein". Não, isso não ajuda! Isso só piora! Se vocês não sabiam, agora sabem: isso é péssimo! Vão embora e não falem mais comigo se meu silêncio está insuportável, mas não falem algo do tipo! Eu SEI que eu não tô falando, eu SEI que não estou olhando nos olhos, eu SEI que isso incomoda, eu SEI! Desculpem, fiquei um pouco irritada, mas é porque estou chateada e eu não sei ficar triste sem me irritar junto!
Mas tudo isso já é bla, bla, bla antigo aqui...

***

Eu escrevi o texto acima ontem, mas, por algum motivo, não quis publicá-lo quando terminei. Enquanto eu escrevia, lembrei do filme Românticos Anônimos (Les émotifs anonymes) e o quanto gostaria de revê-lo. Pois bem, liguei a tv à noite e vi que ia passar o filme, então assisti. Ele tem tudo a ver com o que eu escrevi acima. Eu sou uma junção dos protagonistas: dois tímidos que ficam muito nervosos em diversas situações e têm muito medo, assim como eu.  Ele entra em pânico quando o telefone toca e tem pavor de ter intimidade com alguém; ela trava quando alguém lhe pergunta algo que ela sabe sobre o próprio trabalho, mas que tem que demonstrá-lo, é como se desse um branco e ela nada soubesse! "Você tem medo de tudo, de falar com as pessoas, de entrar numa loja, de viver", alguém diz em certo ponto do filme. Rá. Xeque-mate!

***

Ainda sobre tudo isso dito acima, republicarei aqui um texto que escrevi há um pouco mais de três anos, mas que continua fazendo muito sentido:

Eu sou patética. E como se não bastasse, eu sou desesperada. Sim, desesperada por atenção, desesperada para que notem a minha presença. Mas é um apelo silencioso. Eu não vou falar com todas as letras que eu quero que você me note, não. Você vai ter que adivinhar. Mas adivinhar como se eu... se eu me fecho e não deixo ninguém entrar no meu mundinho de conto de fadas? Eu não vou deixar transparecer no meu olhar e no meu sorriso e nem nas minhas palavras amigas que eu estou desesperada. Minha alma clama por sua atenção, mas como você vai conseguir ler minha alma se eu não permito? Ler minha alma seria como me desnudar e por favor que isso não aconteça! Ninguém pode me desnudar! Ninguém! Talvez por isso que eu não deixo que ninguém olhe muito nos meus olhos, não é pra espiar o que não deve! Mas então, se eu mesma não quero que alguém me desvende, por que diabos eu espero ansiosa e desesperadamente que alguém me entenda? Que alguém me note? Que alguém me ame? Talvez agora você entenda porque eu sou patética! Eu saí de algum livro de quinta no qual os personagens são indignos de pena! Eu sou indigna de pena, apesar de despertar a sua piedade, o que me torna ainda mais patética, mas se você tem pena de mim, desperdiça seu tempo! Tudo o que eu tenho a oferecer a você é a minha solidão! Isto não te assusta? Você fica comigo e seremos dois solitários, você com a minha solidão, eu com a sua. Isso me apavora! Antes a minha solidão do que a de outrem! Dói menos quando é a sua própria, dela você é íntima, não tem porque sofrer, ela te acalenta e aquece nas noites frias, ela te gela nos dias quentes... E mesmo sabendo que conviver com a minha solidão é a melhor opção, eu ainda anseio pela sua atenção. Não é patético esperar que alguém me salve da dor? Feche a cortina, esta peça atingiu o limite da ridicularidade e do pateticismo! Só falta dizer pra vir num cavalo branco, aí o cúmulo se instaura de vez! Esperar que alguém me tire da dor, essa é boa! Se você me der a sua atenção, o que isso pode realmente fazer por mim? Será que o desespero vai embora ou ainda assim eu me desesperarei? O que eu posso responder é que se você me der a sua atenção, meu coração vai bater mais forte e aí outro desespero surge: o amor! Sim, o que é o amor senão um grito de desespero? As batidas são os berros de socorro, se você ficar bem quietinho talvez consiga escutar! Eu estou em silêncio... (29/11/2009)

***

E, por último, um pedido de desculpas. Eu sei que te decepcionei. Mas o que você quer de mim, eu não posso te dar: olhos nos olhos. Mas é seu o meu sorriso acanhado e meu rosto rosado... gostaria que isso bastasse... Desculpa... 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Poetizando...

I

Sorriso o rosto rasga.

Garganta engasga
O riso esgarça
O rosto sem graça.

***

II


Garganta gargalha
O grito espalha
A risada amarga
Garganta embarga.

***

III


A risada arranha
Goela emaranha
Língua doída
Ri a ferida.

(Raquel Zichelle - 11/01/2013)

Os versos precisam ser melhorados, mas, por ora, ficam assim...
Ah, foram inspirados no texto: http://papillonauvent.blogspot.com.br/2010/09/sorria.html

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Não peça,
impeça!
Meça.
Cessa!
Peça!
Controversa!
Conversa?
Versa!
Versa essa?
Engessa!
Cessa!

(Raquel Zichelle - 14/03/2012)

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Entrave
Trave
Trava
Travar
Atravancar
Trancar
Tranca/tranco/truncar/truncado
Trancamento             truco/trunco
Trancado                   trinca
Trincado                    trincar

Treco                        trinchar
Troco                        trincheira
Troça                        trinco
               Trucidar     tronco
                                 troncudo
                                 trocado
                                 troca

                                 Tripa
                                 Trepa
                                 Trepar
                                 Tropa
                             
(Raquel Zichelle - 25-30/11/2011)

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Fios dourados - ouro queimado - entrelaçados nos dedos magros e compridos...
Magros e compridos... Desajeitados, desajeitando os fios...
Dedos pálidos, enrubescidos como a face.
Mas a face embranqueceu quando os fios abandonaram, por conveniência, os dedos...

(Raquel Zichelle - 12/06/2012)

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Terra aguada aguarda os pés pequeninos, descalços. Pés que niños dessapatam a lama. Lama esconde alma, que escancara ama. Escarra. Esparrama. Espalha lama!
Arre – ruge a terra. Urge. Surge. Regurge. Grunhe! Gruta! Ruta! Rui... Rua!
Terra enlameada meandra os dedos. Dedinhos. Inhozinhos.
Arre... arre... arre, a terra geme. Treme. Arre... Pisa o pé. Arre... Pisa o outro. As marquinhas lamacentas assentam a terra. Aterra.
Jaz a terra já sem pés.
Seca a terra.
Secatura!
Sucata!

(Raquel Zichelle – 17/12/2012)

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Bola amarela.
- Amar ela?
- Maré lá!
A bola bóia...
- Óia!!! A bola rola no mar!
- No mar ela é ainda mais amarela!
Inda...
Indo...
Se foi...
Sói.
Sol!

(Raquel Zichelle – 17/12/2012)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Desabafos e devaneios 2



Essa postagem será bem longa. Nela, estão reunidos textos de final de outubro até agora (e tem um de julho que só hoje resolvi publicar). Talvez eu nem sinta mais algumas coisas escritas, mas fizeram sentido qdo as escrevi e acho importante compartilhar assim mesmo.

***

Sem graça. Entediada. Deslocada. Todo esse bla, bla, bla é vazio e sem sentido. Mas insistem em derramar sobre mim as suas visões. Palavras de ordem: vote em fulano, assista ciclano, ouça beltrano! Eu só queria um pouquinho de silêncio... Silêncio compartilhado, de gente que se gosta e se entende sem tantas palavras gritadas! Gente que olha, sei lá, uma pedra e não vê apenas uma pedra. Vê as gotas da chuva na janela e se perde no escorrer da água. Vê uma estrela e sente uma pontada no peito, como se dentro dele, estrelas brilhassem também. No ar, gritos de opiniões vazias. Achismos. Imposições. É uma guerra de quem fala mais! De quem tem a razão! Mas será que temos alguma razão? Como querer que o outro engula goela abaixo as suas convicções? Como querer encaixar tudo em conceitos? Tem aquele que escapa. Que não se identifica. Eu não tenho muitas certezas. Eu vago entre conceitos, convenções, pensamentos opostos, contraditórios. Sei lá se isso é bom. Eu apenas continuo a flutuar. É fácil se perder assim. Ficar sem saber como agir. Mas eu apenas continuo sem chão. E todas as vezes que tento encontrar algum sentido, algo a me prender, eu me frustro. Essa frustração tá doendo demais. Parece que tem algo amassando meu peito. Sufocando.
Cansaço. Cansaço profundo.  É um cansaço de existir. É um cansaço das relações sociais e de todas as convenções que as envolvem. É um cansaço de mim. É um cansaço de como eu lido com as pessoas. É um cansaço de estar em um lugar sem realmente estar neste lugar. É um cansaço de sorrir. É um cansaço dos sonhos tolos.
Tá tudo errado nessa porra toda!
Eu estou com raiva. Os mesmos erros, os mesmos medos.
Paraliso!
"Você vai desistir sem ter tentado?", ela pergunta. Isso ecoa em mim desde então. Eu não sei o que fazer. Não tenho coragem de assumir o que sinto. Então apenas sufoco...
Às vezes, eu fico observando pessoas conversando e como elas olham profundamente nos olhos umas das outras e dizem o que sentem e pensam, sem constrangimento (aparentemente, pelo menos). Olham nos olhos e dizem o quanto gostam daquela pessoa. E eu penso: "Como?". Eu apenas não consigo entender. Eu me sinto tão vulnerável. Desconfortável. Eu tento me proteger a todo custo e só me firo mais.

A Alanis Morissette tem uma música, Numb, do cd novo, que resume mto do que sinto:

Entorpecida

Eu me sinto sufocada, onerada, derrotada e abatida
Desapontada, levada além dos limites, frustrada
E abalada

Esse sentir demais, amar demais, esse fechar das cortinas
Continua
Com nenhuma chance de intervalo,
Eu vou estar de saída, eu vou embora


Como me privar da sensação?


Lá vem um sentimento
Eu corro do sentimento
E busco pela droga
Não posso tolerar esse sentimento
Prefiro estar voando
E confortavelmente entorpecida


Eu me sinto ansiosa, estou nervosa, estou entediada
Estou vencida, prefiro estar fora de mim


Como me privar da sensação?


Lá vem um sentimento
Eu corro do sentimento
E busco pela droga
Não posso tolerar esse sentimento
Prefiro estar voando
E confortavelmente entorpecida


Eu estou sozinha, sinto fome e não amada
Me sinto com raiva, eu lividamente preciso de um abraço


Lá vem um sentimento
Eu corro do sentimento
E busco pela droga
Não posso tolerar esse sentimento
Prefiro estar voando
E confortavelmente entorpecida


***

Eu só fui lá por sua causa. Aproximação frustrada. Abismo. Quanto mais eu tento chegar perto, mais longe eu fico. Pensei que você pudesse tornar a minha solidão menos dolorosa, mas você só a acentua mais. Você me falta.

***

São mais de 6 horas... Comecei a madrugada entristecida por causa de uma pessoa e termino agora chorando por outra. Lembranças de uma que me levaram a outra... e assim é... A primeira ainda está na minha vida, não como eu gostaria, mas está. A segunda, está saindo. Não porque eu queira, mas porque ela escolheu.
Há 6 anos, éramos tão unidos... e, agora, nem no seu Facebook eu estou mais... sem o menor motivo... nós ainda nos víamos, uma vez por ano, mas nos víamos... Escrevi sobre o seu sorriso há mais de 4 anos... e ele continua sendo o meu preferido. Você continua sendo o meu preferido... E você nunca chegou a saber disso... mas não precisava... Idas e vindas... mas ainda éramos amigos... E, agora, eu nem estou mais no seu Facebook. E eu nem ao menos sei o porquê. Até uns meses atrás nos dávamos bem... Achei umas fotos nossas antigas... 5, 6 anos passam rápido. Você disse ano passado que não deveríamos nos ver somente uma vez por ano... E, menos de um ano depois, não faço mais parte da sua lista de amigos. Tentei mandar mensagem, você não respondeu. Mas a foto no seu perfil mudou. Você excluiu todas as pessoas daquela época e só deixou uma, como era óbvio. Menos mal, não fui a única excluída. Mas nós ainda éramos amigos. O que foi nosso penúltimo encontro? Você se lembra? Pois eu não vou esquecer. Assim como não vou esquecer todos os outros. Éramos apenas amigos. E você não faz ideia do quanto eu te amei... e amo... você não faz ideia do quanto eu aguentei calada... sem poder dizer... não faria diferença...  Aquele texto do sorriso continua fazendo sentido anos depois. Seu sorriso ainda é o mais encantador e eu continuo querendo devorá-lo... Você nunca poderia sentir por mim o que eu senti por você, e não te culpo. Sermos amigos me bastava. Mas você está saindo da minha vida... E tudo isso dói, apesar de eu me esforçar pra ignorar o que está acontecendo... Pensei inúmeros textos para colocar aqui, cheguei a fazer uns rascunhos, todos eles se referiam a outra pessoa que eu citei no início. Mas estou aqui escrevendo sobre você e não sobre o outro. E você nem ao menos lerá esse texto... (08/07/2012)

***

Dia desses, sonhei com você, de novo. Mas este sonho foi mais intenso que todos os outros que tive com você, foi tão intenso que acordei confusa se tinha sido algo real. Você tinha encontrado em mim algo que faltava em você e me segurava forte. E eu, nem ao menos, conseguia olhar pra você e dizer que, na verdade, eu quem encontrei em você o que faltava em mim. Eu não disse nada.

***

Você habita minha confusão! E eu... eu só sei que quando você toca minha mão, meu coração tremula rápido. Não sei se gosto de você por sermos parecidos ou por qualquer outro motivo que desconheço. Olho pra você e tudo isso parece errado! "É meu amigo", sentencio. "Talvez eu só goste da atenção que ele me dá", penso. E, quando tudo parece certo então, você segura minha mão e toda a certeza se esvai. Há quase um ano que sua imagem persiste em atormentar meus pensamentos. Eu mal consigo olhar pra você... Tenho vergonha de assumir o que sinto! Vergonha e culpa! Suas mãos ainda seguram as mãos dela com força. Os vestígios ainda estão lá... E eu sobro no meio disso tudo! Me sinto tão estranha... E o pior é saber que eu não escondo apenas por medo do não, mas, principalmente, por medo do sim! Eu fugiria! É, essa que é a verdade, eu fugiria!

***

História de amor

Gosto. Não assumo. Fim.

***

Excesso de solidão mata?

***

Alguém pra ficar em silêncio, juntos, sem constrangimento. É só isso que espero.

***

Nicest Thing - Kate Nash


All I know is that you're so nice
You're the nicest thing I've seen
I wish that we could give it a go
See if we could be something

I wish I was your favourite girl
I wish you thought I was the reason you are in the world
I wish my smile was your favourite kind of smile
I wish the way that I dress was your favourite kind of style

I wish you couldn't figure me out
But you'd always wanna know what I was about
I wish you'd hold my hand when I was upset
I wish you'd never forget the look on my face when we first met

I wish you had a favourite beauty spot that you loved secretly
'Cause it was on a hidden bit that nobody else could see
Basically, I wish that you loved me
I wish that you needed me
I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three

I wish that without me your heart would break
Yeah, I wish that without me you'd be
Spending the rest of your nights awake
I wish that without me you couldn't eat
Yeah, I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep

Look, all I know is that
You're the nicest thing I've ever seen
And I wish we could see if we could be something
Yeah, I wish we could see if we could be something

Saturno - Capital Inicial

Parece que a casa pega fogo
E o mar evapora
Parece que a festa nunca acaba
E só eu vou embora, só...
Parece que a tristeza estava ali parada esperando por esse dia
Fica aqui comigo, a minha melancolia precisa da sua companhia
Parece que vai chover pra sempre
O pior da minha vida
Parece que ninguém fala minha língua
Nenhuma rua tem saída
Mas, parece que a tristeza estava ali parada esperando por esse dia
Fique aqui comigo a minha melancolia precisa da sua companhia
Parece que a tristeza estava ali parada esperando por esse dia
Fique aqui comigo, a minha melancolia precisa
Parece que a tristeza estava ali parada esperando por esse dia
Fique aqui comigo, a minha melancolia precisa da sua companhia
Da sua companhia
***

Você é a minha melhor lembrança, mas talvez eu precise de lembranças novas.

***

"If you love me, won't you let me know?" (Violet Hill - Coldplay)

Lembrei dessa frase da música qdo vi o filme Compramos um Zoológico. A menina escreveu na janela: "If you love me, let me know". Aí eu fiquei pensando no qto eu sou covarde em não deixar os outros saberem o qto eu gosto deles, mas fico esperando eles demonstrarem o que sentem por mim. Neste mesmo filme, outra fala chamou a atenção: "Às vezes tudo o que precisamos é de 20 segundos de uma coragem insana. Literalmente 20 segundos de bravura destemida. E eu lhe prometo, algo maravilhoso virá disso". Estão faltando esses 20 segundos de coragem insana pra mim... 

***

Preste atenção nos pontos de exclamação! Assim como as reticências, os pontos de exclamação escondem (ou revelam, para os mais atentos) muito do que sinto. Quase nunca os uso à toa, sem intenção. Fica a dica!!! ;)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Desabafos e devaneios...

Eu vejo você tentando, e eu desperdiço cada tentativa sua... Isso me angustia! Mas eu, simplesmente, não consigo dizer nada! Você me cala... Eu gosto de ouvir a palpitação, no meu peito, batendo no ritmo de suas palavras... Eu olho dentro de mim quando vejo você e isso não poderia ser mais aterrorizador! Emudeço, estremeço... Eu imagino a sua mão se envolvendo na minha e não passa de um pensamento tolo no meio de tantos outros... Eu queria me transbordar... transbordar e escorrer até você, manchando-o comigo... Mas o medo barra qualquer gota que possa respingar em você. O medo me seca!

***

Desmoronando lentamente... Tento juntar os restos das cascas, ficar rígida de novo! Não resisto por muito tempo. Sorrio para os arredores! Tudo tão falso! Tento fazer do orgulho o meu alicerce! Não adianta! Não impede o desabamento...

***

O desconforto me exausta! Eu só queria um pouco de alívio! Eu não relaxo, estou sempre nervosa, ansiosa, incomodada, inquieta!

***

"Estou olhando nos olhos. NÃO OLHA! Agora, tô fitando a boca, será que estão percebendo? Vou olhar nos olhos de novo pra disfarçar. Não consigo. Isso, ajeita a calça, amarra o tênis que não desamarrou. Olha pros lados! PROS LADOS! Xi, vão perceber que eu tô olhando demais pros lados. Volta pros olhos. Não! Pra boca! Mexe na mochila! Isso, a mochila disfarça bem. Mas eu não tenho o que pegar na mochila. AAAAH! O celular. Finge que tem algo pra olhar no celular. É, essa não vai colar por muito tempo. Será que tá na cara que eu estou desconfortável? Eu não quero que fique na cara. Raquel, olha pra pessoa!!! Sorri! Isso! Presta atenção no assunto! NO ASSUNTO!!!"
Metade do que me falam simplesmente se perde... Isso acima não é nenhum exagero. É exatamente assim que fico em quase todas as conversas. Deu pra tentar entender o INFERNO, e faço questão de ressaltar esta palavra, que é ser eu?
O ator, às vezes, em cena, não sabe o que fazer com as mãos. Pensa isso fora de cena, acontecendo todos os dias. É assim. EXATAMENTE assim! E antes fosse não saber apenas o que fazer com as mãos. Eu não sei o que fazer comigo!

***

Irrita quando querem me fuzilar com piadas e brincadeiras a todo momento. Gosto do contraste. Gosto do riso que surge pra quebrar com o peso da seriedade e responsabilidades. Mas se é o tempo todo, não há o que quebrar. Se a cada coisa que eu disser, eu receber como resposta uma piada, ela se banaliza, ela vira comum e perde o sentido de ser e a força que possui. Ela não transforma, ela mantém. Ela vira rotina, ela se cristaliza. Ela vira monotonia. Ela entedia. Se o humor entedia, não há humor. Não há graça. Não encanta, não satiriza, não reflete, não critica, não cutuca. Apenas irrita e isso não muda nada. O tiro sai pela culatra. Podem discordar. Só estou dizendo que, comigo, não funciona e me sinto metralhada e de saco cheio!

***


Deitou-se no chão gelado. Nua. Precisava sentir o corpo vivo. Pediu que cobrissem seu corpo com rosas vermelhas e que os espinhos fossem penetrados em sua pele. No peito, cravou uma estaca. Algumas rosas mergulhavam no sangue... se confundiam no vermelho vivo. Vivo. O momento que antecede a morte é onde o corpo encontra-se verdadeiramente vivo! Só ali, naquele exato momento; preciso! Um suspiro e fim! A vida de forma plena só é possível em alguns segundos... não vivemos, existimos e existir não é mais do que viver... (25/06/2009)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Nada mais tem me bastado! Nada. Ninguém! Estou esperando por alguém que, milagrosamente, faça essa porra de vida ter um mínimo de graça! Nada! Ninguém! Mesmo ao me deparar com alguém que pensa a vida como eu, que a sente como eu, não basta. Não é suficiente para que algo aconteça! É um desperdício tamanho! Nada! É aí que percebo que é sozinha mesmo que vou ficar. Não aguento tanta falta de lirismo, sutilezas e delicadezas. Não aguento tanta falta de sensibilidade! Estamos brutos! O amor está desacreditado! Eu já o abandonei. Sim, eu me acomodei. O que eu quero vai além da carne, mas parece que é só a carne que interessa aos olhos babentos... Deixa pra lá... Como já me foi dito, tão sabiamente, eu quero "dessexualizar o sexo"... Bobagem, não é mesmo? Às vezes, eu queria ser só um pouquinho como os outros, estes que olham o sexo como ele é, sem idealização, sem babaquice de menina sonhadora... Estes que desejam e fazem sem muitas teorizações, mimimis, devaneios e rodeios... Sentem o que tem que sentir, e isto basta! Mas, pra mim, não! Nada basta! Sempre à espera do que não chega... E eu nem sei mais o que espero... O esperar é confortável, no fim das contas... Deixa pra lá... Ninguém tem nada a ver com isso mesmo.

sábado, 31 de março de 2012

Texto novo. Não é uma poesia, nem um conto, sei lá o que é isso. Uma angústia. Eu escrevo angústias...


O silêncio sepulta o peito e os lábios acimentam-se. 
A língua, agora pétrea, repousa na boca. 
Vaga, penitente, a virgem enlutada sob o manto negro.
Desfaz-se, em cinzas, os pés descalços, secos.
Secos... 
Os olhos, opacos, não lamentam a própria morte.
Vaga a virgem enlutada... a virgem seca. 
Seca!

(Raquel Zichelle - 30/03/2012)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Fiz uma nova poesia, se é que posso chamar assim. Ela foi inspirada em músicas que estava ouvindo esses dias... Não tem título, por enquanto. E talvez eu ainda a modifique. Mas, por ora, é isso:

Se me vê, não vejo.
Se te olho, escondo.
Se me toca, é de raspão.
Se sorri, sorrio.
Se fala, me calo.
Se silencia, nem um pio.
Se fica, já parti.

Se com, eu sem.
Se sim, eu não.
Se vem, eu na contramão.
Se me beija, é no rosto.
Se me olha, desvio.
Se desvio, já não viu.
Sorri, você já partiu.

(Raquel Zichelle - 11/03/2012) 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Alguns textos que escrevi voltando pra casa hj (e alguns pensamentos que tive):

A garota que sorri atrás do vidro da janela

Parada, em pé, a garota vislumbra o que acontece além da janela. E sorri.
Há pessoas rindo.
Algumas discutem.
Outras se beijam.
Todas vivem.
A menina contempla a vida ao seu redor, sempre atrás do vidro. E sorri.
Ela está ali. Mas é como se não estivesse. As pessoas até notam que atrás da janela há alguém e, de vez em quando, olham pra menina. Mas ela é apenas a menina atrás da janela.
E sorri.

(Texto inacabado)

***

Eu vou me rasgar até toda dor sair.

***

"O que é a dor?" ou "Só mais uma definição de dor"

Há estrelas dentro de mim.
Bilhões delas.
Bilhões delas cutucando,
perfurando,
penetrando,
alfinetando,
insistentes, insistentes com suas pontas finas.
Com suas pontas laminosas.
Pratas.
Facas.
E, ainda assim, tão belas.

***

Deitada no chão do quarto, olhando o teto. Ouvindo Fix You e cantando "when you try your best, but you don't succeed...". Essa sou eu deprimida.

***


Talvez eu saia como a vilã da história.
Mas ninguém olha pra própria vilania.
Se é que há vilões realmente.

***

"Desistir não é andar pra trás. É mudar de caminho". Essa frase pode ser clichê ou meio "auto-ajuda", mas caiu como uma luva pra mim. Desistir de algo que não serve mais não é covardia, pelo contrário, é um ato corajoso e sábio. Saber dizer adeus pra aquilo que já não faz mais sentido é difícil. Mas por que insistir na rua sem saída? Há outros caminhos.

***

Por ora, são esses os pensamentos e textos. Alguns inacabados e toscos, mas precisava escrever aqui.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Essa postagem vai ser bem longa, pois tenho muito que dizer.

No último ano, eu emudeci. Não fui capaz de exteriorizar o que sentia, exceto em poucos momentos, com uma ou outra pessoa (e uma delas, a minha psicóloga). Emudeci a escrita também. Quem acompanha o meu blog (quase ninguém, hehe) deve ter notado o silêncio. Eu costumava escrever bastante aqui, sempre usei meu blog como refúgio, mas no último ano, eu quase não apareci por aqui e a última publicação antes dessa é de agosto! Eu tentei desabafar as dores e aflições, tenho alguns rascunhos salvos, mas não conseguia finalizar os textos e publicá-los. Sentia que não devia tornar público os meus sofrimentos. E o que fiz nesse tempo foi apenas publicar no Recanto das Letras textos já antigos, dores antigas (embora algumas ainda existam). E tanto silêncio só poderia me levar a um caminho: o mais distante possível das pessoas. Mas eu tinha que fazer isso. Eu estava machucada, profundamente magoada, com a ferida exposta. Então, me recolhi. Fui cuidar da ferida, coloquei as bandagens e esperei até que cicatrizasse. Quietinha no meu canto. Não podia deixar que se aproximassem e infeccionassem a ferida e nem podia contaminar ninguém com a minha dor. Só que enquanto eu cuidava do machucado sem pedir ajuda a quase ninguém, as pessoas que eram próximas trataram de cuidar das suas vidas, estabelecendo laços com outras pessoas, fortalecendo a relação com elas. E eu me senti fora de tudo. Fora de sintonia. Sozinha. Acho que nunca me senti tão sozinha como no último ano. E não sei se culpo apenas a mim por ter me afastado ou as pessoas que não perceberam que eu estava sofrendo em silêncio. Não sei nem se há culpados. Mas a sensação que eu tinha era a de que eu estava colocando tijolos ao meu redor, enquanto do outro lado do muro, as pessoas colocavam cada uma seu tijolinho também. Mas talvez elas quisessem ajudar e eu também não tenha percebido. Vai ver eu deixei mãos estendidas sem resposta. Não sei. Não importa mais. Eu precisava ficar sozinha pra me curar. Pra entender a raiva que eu estava sentindo, a mágoa, a desilusão, o orgulho ferido e a vergonha. Foram meses difíceis. E agora eu preciso correr atrás do que e de quem deixei pra trás. E não sei muito bem como fazer isso. Eu já era fechada com as pessoas mesmo quando estava me sentindo bem com elas, e agora é ainda pior. Eu nem ao menos sei se elas me querem de volta. Não sei se ainda há espaço na vida delas pra mim. Eu vou ter que reconquistar esse espaço. Vou ter que me abrir, me mostrar, escancarar as minhas fragilidades, a minha vulnerabilidade. Vou ter que sair da minha redoma ou permitir que entrem nela. Eu estou com medo. Quando eu tento quebrar alguma barreira e me aproximar, eu me sinto ridícula. Fico achando que tudo o que eu falo é idiota e sem sentido. Fico achando que as pessoas estão pensando "n" coisas a meu respeito (coisas ruins). Então, eu não arrisco com medo dos julgamentos. Medo de ser rejeitada. Engraçado, temo ser rejeitada pelos outros, mas rejeito a mim mesma. Eu mesma já me condeno. Eu me acho tão sem graça. Ou me deixei acreditar nisso, por culpa daquelas pessoas que não gostavam de mim e que, sim, eu era sem graça pra elas, eu era boba, feia, esquisita pra elas. Eu fui rejeitada por elas. Mas eu não deveria dar valor ao que elas pensam a meu respeito. Eu não posso agradar todo mundo (e ainda não consegui me convencer disso, embora repita isso constantemente). Mas aquelas risadas de zombaria ainda ecoam em mim... mesmo tanto tempo depois... E eu deixo isso afetar todas (ou quase todas) as minhas relações. E eu fugi e fujo delas. E ainda me escondo usando a desculpa da "coitadinha rejeitada". É patético, eu sei. Nunca neguei que sou patética (tenho até um texto todo dedicado ao meu pateticismo).
E, como toda boa solitária que foge de relacionamentos, eu me alimento de fantasias, sonhos e idealizações. Eu criei personagens, amigos, amores. Alter ego. Dei vida a bonecos. E acredito neles. Encontrei neles uma forma de expressão. Mas quem entende uma pessoa com quase 26 anos andando pra cima e pra baixo com um leão de pelúcia (ou outros bichos de pelúcia), falando através dele, criando histórias, músicas, situações? Dizem que sou infantil. Tem um filme com o Mel Gibson que ele tem um fantoche de castor e faz o mesmo, mas eu não assisti ainda e queria mto ver, não sei direito como é a história, mas parece que ele acaba se deixando dominar pelo boneco. Não acredito que seja o meu caso. Eu cresci assim. Desde que me conheço por gente, eu brinco com meus bonecos e foi natural crescer desse jeito. Não tive a fase: “agora eu sou uma mocinha, vou trocar meus brinquedos por maquiagem”. E, sinceramente, não sei pq algumas pessoas se incomodam com o fato de eu não ter feito isso. Elas se acham muito adultas por que abandonaram seus brinquedos? Eu acho isso triste e não motivo pra orgulho. E é bastante questionável a idéia de infância e do ser adulto e o comportamento que cabe ou não a eles. Eu uso meus bonecos como uma forma de comunicação, assim como a escrita, pra tentar contornar a minha dificuldade de aproximação, de contato, de fala, de olho no olho com as pessoas. E também são companheiros. Sabe o Wilson do filme Náufrago? Então, tenho meus Wilsons também... E é isso. Às vezes me sinto envergonhada, ou até mesmo louca, por causa disso, mas é apenas eu sucumbindo ao controle que os outros querem impor sobre mim. O que eu acho prejudicial é o fato de eu ser tão sonhadora e idealizar tanto as coisas que acabo me decepcionando pq o mundo não é doce e sensível como eu gostaria que fosse. Então, eu preciso viver isso na ficção, de alguma forma. Aí eu me apego a músicas, filmes, séries, personagens... e me deixo envolver. Mas sobre isso eu escreverei outro dia (pretendo, pelo menos). Ainda tenho tanto a dizer, mas está tudo confuso. Vou tentar não emudecer outra vez e escrever os incômodos no blog como eu sempre fiz. Por ora, é isto.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Estou tentando escrever há meses, mas não passo do rascunho...
Acho que porque não consigo definir a fase na qual estou.
Ando estranha. E reprimindo, mais do que nunca, os sentimentos
e pensamentos. E, por conta disso, sinto que vou explodir a
qualquer momento. Então eu paro e respiro fundo, como se eu
quisesse empurrar tudo ainda mais pra dentro de mim e deixar
bem escondido. Talvez, eu não exploda, mas imploda. Eu não quero
ferir ninguém, mas estou ferindo a mim mesma. Aqui dentro, um
pedaço de mim desmorona a cada dia e ninguém vê, pois minha carcaça
está intacta. E a maior parte das pessoas só se interessa pela carcaça
mesmo. Então está tudo bem enquanto meu sorriso estiver rasgando meu
rosto.
Mesmo que esteja rasgando, pouco a pouco, cada tecido, órgão e pele.
Emudeci.
E os gritos com os olhos não são vistos ou ouvidos. Não são nada.
Vou ficar aqui quietinha no canto... implodindo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Alguns escritos no caderno ou em notas no celular ou apenas
pensamentos antes de dormir ou no metrô ou durante a aula...:

Meu coração era feito de açúcar.
Azedou!
Minha alma amargou, amargurou, mal agourou!

(24/05/2011)

***

Adormecendo a alma! Porque, quando se dorme, não dói mais!

(24/05/2011)

***

Eu deveria ter nascido uma barata. Assim quando eu fosse pisada,
morreria e pronto.
Ser humano é pisado tantas vezes e tem que suportar.

(24/05/2011)

***

Pense igual a todo mundo e viva rodeado de pessoas.
Pense diferente e fique sozinho.
Eu fiquei sozinha!
Deve ser porque as pessoas só querem ouvir aquilo que agrada.
Mas eu também queria estar perto de pessoas que pensam como eu.
Se eu as achasse!

(24/05/2011)

***

Hai Kai

No peito, a verruga
nada mais é do que
o coração, este sanguessuga!

(17/05/2011)

***

Só a sua presença já me ultraja!

(28/03/2011)