sábado, 31 de março de 2012

Texto novo. Não é uma poesia, nem um conto, sei lá o que é isso. Uma angústia. Eu escrevo angústias...


O silêncio sepulta o peito e os lábios acimentam-se. 
A língua, agora pétrea, repousa na boca. 
Vaga, penitente, a virgem enlutada sob o manto negro.
Desfaz-se, em cinzas, os pés descalços, secos.
Secos... 
Os olhos, opacos, não lamentam a própria morte.
Vaga a virgem enlutada... a virgem seca. 
Seca!

(Raquel Zichelle - 30/03/2012)

3 comentários:

Anônimo disse...

Wow!

Anônimo disse...

Nada como um triste fim para anteceder um belo recomeço...
Belíssimas palavra!

Tally M. disse...

suas palavras são tão lindas qto vc...