terça-feira, 30 de março de 2010

Havia um Papai Noel pendurado, estático, esquecido na janela fechada. Abandonado no vidro empoeirado. A roupa vermelha igualmente empoeirada.
Sem pisca-pisca como companhia, o Papai Noel repousava sobre o vidro, pertencia a ele agora. Era parte da janela.
Sua escalada pela casa fora interrompida permanentemente. Falsos presentes intactos no saco preto. As pequenas mãos presas ao fio. Como numa foto, o bom velhinho restava parado num instante prestes a concretizar. O Papai Noel ficara lá suspenso na eternidade.
Esta cena foi contemplada pelos olhos de uma menina também abandonados numa janela. A diferença era que essa janela rodava a cidade e a menina com os olhos esquecidos no vidro acompanhava a paisagem que se impunha a ela. De tudo o que viu, o Papai Noel foi o único que alegrou os olhos solitários presos à janela. E a menina jurou amar o Papai Noel pra sempre!

quarta-feira, 24 de março de 2010

J'ai vu un garçon... il m'a souri... il est réel? Si je toucher son lèvre, quel goût je vais sentir? Je veux manger son sourire... je veux déguster son essence, lentement... len...te...ment...


(Excuse-moi pour mon français... =/)