domingo, 7 de fevereiro de 2010

Incomoda-me a impertinência das pessoas... pessoas são tão intrometidas... e cansativas. Estou cansada de todas elas, todas, todas! Até de mim eu canso! Tão repugnante... como uma barata... tenho vontade de pisotear-me. Pisar em todos, também. Todos insetos, todos asquerosos... argh! Tenho asco de todos nós! Somos todos solitários, mas procuramos desesperadamente por alguém. Pra quê? Ninguém acaba com a solidão de ninguém! Mas um ser humano fica tão mais desprezível na presença de outro ser humano... fica tão mais insuportável! E dá aquela gargalhada estridente... um monte de insetozinho rindo junto... tem coisa mais grotesca e deprimente? Riem do quê? O que tem tanta graça? A própria desgraça? Sim, isso é algo engraçadíssimo, mas não é disso que riem... Riem da repugnância alheia... Isso é tão sem graça pra mim... Se vou gargalhar, que seja de mim mesma, há tanta podridão em mim! Eu não tenho mais medo de encarar o meu próprio horror... o que é terrível para meus olhos é ver tanta gentezinha junta! Chego a estremecer de medo, de nojo, de pena! E a gargalhada... essa dói nas entranhas... aquele som penetra nos ouvidos como se arrancasse tudo por dentro, até chegar no cérebro e dilacerá-lo! Tenho horror às pessoas... desprezo todas... e a mim! Pessoas são um amontoado de estrume... e isso ainda chega a ser um elogio... um monte de bosta jogado num canto! E isso é o máximo de admiração que alguém inspira em mim!

Um comentário:

Tally M. disse...

ai, não fala assim... vc é tão linda!